Ver nascer a noite, ver nascer o dia
julmar, 11.01.20
A experiência mais comum das pessoas é verem morrer o dia e nascer a noite e os artistas, escritores e pintores, não poupam tintas nem palavras para realçarem a beleza de um crepúsculo na serra ou no mar. O nascer e o morrer, o amanhecer e o anoitecer têm muito de comum. No meu andar passo a passo, todos os dias sou testemunha da transição da noite para o dia. Hoje, por exemplo, um firmamento cheio de estrelas, a que uma lua cheia retirava o brilho, foi-se desfazendo com o clarear do dia. Amanheceres diferentes: manhãs de nevoeiro, manhãs de chuva, manhãs de geada, manhãs claras. Todas com uma beleza diferente. E as manhãs da África profunda, as manhãs sucessivas, cada uma delas a aproximar-me de Kartum, como serão?