O biberão dos políticos e a ingatidão - Amora da Silva
julmar, 19.09.14
O melhor retrato dos políticos é feito por eles mesmo, sobretudo pelo uso que fazem da palavra enquanto instrumento principal de poder, sobretudo, quando foram construíndo uma rede de interesses e de pessoas que os faz crer que o mundo gira à sua volta. A certa altura tornam-se ridículamente narcísicos e na impossibilidade física de estarem em todo o lado ao mesmo tempo arranjam vices e assessores para poderem afirmar a sua grandeza, magnimidade, mérito seja em conferências, inaugurações ou reuniões. Povoam os meios de comunicação - jornais, rádio, televisão. Mandam construir boletins municipais onde a obra seja enaltecida e cada passo seja registado e em cada página apareça uma fotografia. Que seja uma publicação de luxo e que chegue a casa de cada munícipe. E claro atrás dele não faltam acólitos, mesureiros, afilhados, afiliados , os amigos do Cunha e demais sacripantas.
Um dia, apesar de lhes comerem o porco negam-lhes o voto ou por outra razão, descem do pedestal e todos desaparecem. Ingratos!
Foi essa a ingratidão expressa por Luís Filipe Menezes à revista VIP:
«Vejo pessoas a quem dei o biberão e hoje nem me conhecem»