Liberalismo
julmar, 02.01.23
Esta foi a minha última leitura do ano 2022. Retornei, assim, ao autor de uma obra que me marcou "O Fim da História e o último homem". A presente é uma pequena obra quando comparada com aquela mas cuja leitura nos ajuda muito a compreender as mudanças ocorridas ultimamente e nos trazem a este tempo conturbado, se é que há tempo que o não seja. A questão é que desde a fundação do liberalismo associado ao movimento iluminista, a humanidade, ou parte dela, com passos muito significativos para uma sociedade laica, mais justa e mais próspera, mais livre e democrática se encontra cada vez mais ameaçada, por regimes autocráticos e teocráticos e por o próprio liberalismo, desviado dos seu fundamentos ter desembocado no neoliberalismo.
"O problema do neoliberalismo económico não foi, então, o ter partido de falsas premissas. A suas premissas eram muitas vezes acertadas, mas estavam incompletas e condicionadas historicamente. O defeito da doutrina era o de levar essas premissas ao extremo de santificar os direitos de propriedade e bem-estar do consumidor enquanto diabolizava todos os aspetos da atuação do Estado e da solidariedade social."
Assim, se torna mau o que era bom.