Leitura de Junho
julmar, 15.06.16
Depois da leitura de Mein Kamppf, fui tentar encontrar a resposta como é que um homem movido pelo ódio, incapaz de estabelecer relacionamentos humanos normais, surdo a argumentos que não fossem os seus, se tornou num líder tão carismático que galvaniza um povo e o conduz a uma tão inimaginável situação? Como foi possível Hitler tornar-se uma figura com um poder tão atraente para milhões de pessoas?
Aquilo que aconteceu pode voltar a acontecer. Ou melhor, acontece todos os dias em dimensões diferentes e os ingredientes são sempre os mesmos: Obediência, pensamento único, fanatismo, dogmatismo, fé, fé incondicional e uma causa que nos transcenda, única e absoluta. Depois é mandar rufar tambores, criar rituais, uniformes e sinais (ou o sinal) agitar bandeiras, cantar o hino e pregar, repetidamente, a causa das causas. Dividir os homens entre bons e maus. Banalizar o mal. O terror e o medo farão o resto. E este é um caminho fácil porque é feito de preguiça racional, de obediência cega, da expressão natural das emoções, do viver por delegação, do dizer sim e, sobretudo, da ausência de coragem.
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