Àfrica minha, de Alexandria á Cidade do Cabo
julmar, 03.11.22
Depois da viagem, passo a passo, por África lés a lés, a leitura do livro de Paul Theroux, linha a linha.
Relativamente recente como cidade, resultante da criatividade de Menelik, que construiu a sua própria capital, Adis Abeba. Era uma povoação comprida, a grande altitude, que parecia uma enorme aldeia de telhados ferrugentos, espalhada por diversas colinas. Tinhas 100 anos, mas apresentava um ar de decrepitude intemporal. Pouco atraente se vista de longe, vista ao perto, era suja e estava a desmoronar-se, cheirando horrivelmente pessoas por lavar e a animais doentes; os muros tresandavam a urina, as vielas estavam intransitáveis devido ao lixo acumulado. Música em altos berros, buzinas de carros, vapores de gasóleo e miúdos incomodativos com lendas de má sorte e dedos insinuantes, e advertências assustadoras, como: “há por aqui, gente má.”