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Badameco

Anotações, observações, reflexões sobre quase tudo o que me (co)move

Badameco

Anotações, observações, reflexões sobre quase tudo o que me (co)move

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Avatar do autor julmar, 12.02.08

Às vezes lembro-me do trabalho dos monges copistas que passavam horas,dias, meses, anos uma vida inteira a copiar livros de Aristóteles e livros sagrados que decoravam com iluminuras. Acredito que muitos deles de tanto copiar se tornavam verdadeiros sábios. Cópia feita letra a letra, palavra a palavra, linha a linha, página a página até o livro ficar completo. Molhar a pena vezes sem conta. Também eu sou ainda do tempo em que não havia foocópias e passava aulas a tirar apontamentos e passava horas em bibliotecas a tirar anotações, fazer esquemas e resumos. Fazer resumos sempre era mais fácil do que escrever o livro todo. Era um exercício de atenção que começava na leitura, que distinguia o que era essencial e secundário e que enquanto escrevia favorecia a reflexão.

Hoje fácil mesmo é pôr tudo igual ao original. Ainda hoje enquanto aguardava num átrio das salas de aula ia lendo trabalhos de alunos do 7º ano. Completamente copiados não se sabe de onde. Com a maior das maturalidades assinam seus nomes no fim. Os professores também acham natural.

O mais certo é nem os alunos nem os professores saberem o que lá está escrito.