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Badameco

Anotações, observações, reflexões sobre quase tudo o que me (co)move

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Anotações, observações, reflexões sobre quase tudo o que me (co)move

O último cavaleiro

Avatar do autor julmar, 17.11.06

É admirável como Pacheco Pereira, apesar dos factos, continua a defender o indefensável. Mas é assim: ou nós ou eles. Que morram os iraquianos que se destrua uma civilização milenar, que o mundo todo se evapore desde que sobrevivam os nossos valores! Eu se fosse árabe olhando para a perspectiva de P.P. faria exactamente o que os radicais fazem: quer guerra tem guerra! Sempre pensei que pensasse que a cultura é mais do que isso! Que faltará para se convencer que errou? Ninguém espera de si que seja a verdade! Também você é humano e, portanto, sujeito a erro! Mas, enfim, uma vez que defende que apenas a força pode alterar o rumo dos acontecimentos, para quê esforçarmo-nos por encontrar razões? Porquê que há-de tentar em explicar seja o que for?

«Seja o que for o que aconteça, as raízes do problema do radicalismo islâmico e os seus efeitos não mudam com o "diálogo", mudam só pela força ou pelo receio da força. Os atentados fundamentalistas não vão parar e podem, com o novo armamento biológico disponível, assumir um carácter de perturbação social sem paralelo no passado. A nuclearização do Irão mudará completamente o Médio Oriente e colocará em risco o estado de Israel. Podemos não querer ver nada disto e meter a cabeça na areia, ou podemos tentar responder como fizeram os EUA, nalguns casos mal, noutros bem (os EUA estão hoje mais protegidos do que a Europa de riscos terroristas).»


(No Público de 16 de Novembro de 2006)