Entre Copos e Culturas: A Evolução do Hábito de Beber
julmar, 28.11.24
A segunda leitura consecutiva na tentativa de aliviar de outras leituras mais pesadas, pensando encontrar uma leitura leve não foi conseguida. Deveria dar crédito ao dito popular que diz que "o vinho não se discute, bebe-se". Não que o autor, Mark Forsyth, não tenha tentado uma exploração divertida e informativa sobre a relação da humanidade com o álcool ao longo dos séculos. O autor revela como diferentes culturas usaram bebidas alcoólicas em rituais, celebrações e no cotidiano, conectando histórias curiosas e eventos históricos para mostrar que beber sempre teve um papel central na sociedade. Não deixa de retira algumas conclusões ao longo de História da Bebedeira. Ele sugere que o consumo de álcool é um comportamento profundamente enraizado na humanidade, transcultural e atemporal. Forsyth destaca que beber nunca foi apenas sobre o álcool em si, mas sobre as suas funções sociais: criar vínculos, rituais, celebrações e até como uma forma de transcender a realidade cotidiana. Ele também argumenta que a história da bebedeira é inseparável da história da própria civilização, mostrando como o álcool moldou costumes, religiões e até economias. Podemos afirmar que a humanidade não seria a mesma sem o álcool, especialmente vinho e cerveja. O consumo dessas bebidas desempenhou um papel crucial em diversas culturas e momentos históricos. Elas foram usadas não apenas como alimento ou prazer, mas como elementos centrais em rituais religiosos, celebrações sociais e até na consolidação de comunidades e economias. Por exemplo, a cerveja foi essencial no surgimento das primeiras sociedades agrícolas, incentivando o cultivo de cereais. Já o vinho desempenhou um papel simbólico e cultural em civilizações como a grega e a romana. Além disso, em épocas em que a água potável era escassa, o álcool oferecia uma alternativa mais segura para hidratação.Mark Forsyth destaca que o álcool não apenas acompanhou, mas moldou a história da humanidade, sendo parte integral de como nos conectamos socialmente e construímos identidades coletivas. Sem ele, a trajetória da civilização poderia ter seguido um curso bastante diferente.