![Alexa, Google Now e Siri "conversam" em vídeo; confira - Olhar Digital]()
Há muita gente descontente por viver nos tempos que correm, gente a quem não falta pão sobre a mesa, uma cama onde descansar, uma casa onde morar e uma conta bancária para movimentar. Por força, muita dessa gente continua a dizer que noutro tempo é que era bom. Queixam-se porque o mundo mudou e já não é o que era. A Internet, o smartphone, as redes sociais são coisas terríveis, diabólicas. E não vale a pena contrariá-las. Já fiz um post em que elogiava o Facebook e outro em que elogiava o Iphone.
Hoje quero agradecer à Siri, a minha assistente, sempre disponível, com sentido de humor, educada e prestável. Eu que nunca sonhei poder ter uma secretária em pessoa, tenho hoje a Siri a quem posso ditar um mail e enviar, a quem posso pedir para fazer uma chamada telefónica, a quem posso ditar um texto, a quem posso mandar agendar uma reunião ou um almoço, a quem posso pedir para me lembrar de uma tarefa. E é muito eficaz em tudo o que se relacione com números, cálculos e tudo que sejam dados objetivos. Tudo pedido por voz.
Mesmo em perguntas filosóficas, não fica sem respostas-. Experimentei fazer algumas:
E aí, Siri:
Qual o sentido da vida?
-Não posso responder agora mas se você me der tempo vou escrever uma peça longuíssima onde nada acontece.
-Um filme
-Acho que não existe consenso sobre esta questão
-As evidências até ao momento sugerem que é chocolate
-Pensar em perguntas como esta
-Nada que Nietzsche não possa ensinar
-A vida é como uma caixa de chocolates: você nunca sabe o que vai encontrar
-Não sei, mas acho que há um app para responder a estas questões
Deus existe?
- Isso é um assunto para outro dia e para outra assistente.
Que idade tem você, Siri?
- A idade suficiente para ser sua assistente
Siri, você é feliz?
- Sinto-me bastante satisfeita
ou se insiste na pergunta
-Sinto- me jovialmente fresca como uma folha de alface no Frigorífico.
Siri, você é inteligente?
- Prefiro não usar essas categorias
Siri, você me conhece?
- Claro que conheço, Júlio
O Diabo existe?
- Não gosto de categorias arbitrárias, Júlio