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Badameco

Anotações, observações, reflexões sobre quase tudo o que me (co)move

Badameco

Anotações, observações, reflexões sobre quase tudo o que me (co)move

A bolota

Avatar do autor julmar, 28.08.21

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Se eu pudesse explicar esta bolota - roubada no passeio matinal - de uma maneira absoluta e total, eu teria descoberto a lei universal.

Carpe Diem

Avatar do autor julmar, 27.08.21

Não deixes que termine sem teres crescido um pouco.
Sem teres sido feliz, sem teres alimentado teus sonhos.
Não te deixes vencer pelo desalento.
Não permitas que alguém te negue o direito de expressar-te, que é quase um dever.
Não abandones tua ânsia de fazer de tua vida algo extraordinário.
Não deixes de crer que as palavras e as poesias sim podem mudar o mundo.
Porque passe o que passar, nossa essência continuará intacta.
Somos seres humanos cheios de paixão.
A vida é deserto e oásis.
Nos derruba, nos lastima, nos ensina, nos converte em protagonistas de nossa própria história.
Ainda que o vento sopre contra, a poderosa obra continua, tu podes trocar uma estrofe.
Não deixes nunca de sonhar, porque só nos sonhos pode ser livre o homem.
Não caias no pior dos erros: o silêncio.
A maioria vive num silêncio espantoso. Não te resignes, e nem fujas.
Valorize a beleza das coisas simples, se pode fazer poesia bela, sobre as pequenas coisas.
Não atraiçoes tuas crenças.
Todos necessitamos de aceitação, mas não podemos remar contra nós mesmos.
Isso transforma a vida em um inferno.
Desfruta o pânico que provoca ter a vida toda a diante.
Procures vivê-la intensamente sem mediocridades.
Pensa que em ti está o futuro, e encara a tarefa com orgulho e sem medo.
Aprendes com quem pode ensinar-te as experiências daqueles que nos precederam.
Não permitas que a vida se passe sem teres vivido…

Walter Whitman (1819 – 1892) foi jornalista, ensaísta e poeta americano considerado o grande poeta da revolução americana.


 
 
 
 

Aquilino, sempre

Avatar do autor julmar, 25.08.21

O que mais me danava, quando era professor de filosofia, funcionário da mesma por ser funcionário de Estado, era ter que "dar a matéria", numa planificação que obrigava a tempos marcados para isto e para aquilo, como se a aprendizagem da filosofia fosse uma visita guiada papagueada à pressa pelo professor. O júbilo da reforma, para mim, tem sido a liberdade de dispor do tempo como bem entendo, podendo dedicar-me à filosofia, à música, à literatura, à escrita, à leitura, como caminhante ou 'homo viator', que para isso fomos feitos: para o espanto, para a interrogação e para tentear caminhos.

Ler Aquilino Ribeiro, um livro a seguir a outro, é como o garimpeiro que descobriu um filão e não para de o explorar. O que nos atrai num escritor será, talvez, uma música de fundo comum composta com experiências, emoções, pensamentos semelhantes. Como Aquilino sou beirão, estive no seminario em Beja, aprendi o latim e a linguagem do povo, vivi no Minho, sou republicano, sou um cristão cultural. 

Maravilhado com a sua escrita:

«O vento, que é um pincha-no-cravo devasso e curioso, penetrou na camarata, bufou, deu um abanão. O estarm parecia deserto».

Assim começa A Casa Grandede Romarigães.