Porque voto em Vitor Rodrigues - Júlio Marques
julmar, 27.09.13
Vivo no concelho de Vila Nova de Gaia e, eleições à porta, tenho a felicidade de não ter dificuldade na escolha que vou fazer no próximo domingo. Conheço o Eduardo Vítor Rodrigues, há muitos anos, era ele aluno na escola onde eu era professor, conheço o trabalho dedicado que durante anos teve como presidente da Junta de Freguesia de Oliveira do Douro, conheço o Vítor como professor, como formador de professores. Conheço a obra escrita do Vítor. E em tudo o que conheço há autenticidade, procura de verdade, há explicação que baseada em teoria é alicerçada numa realidade de pessoas concretas da rua Y e do bairro X. Sim, quando escreve de Solidariedade Social ou de Exclusão Social, o Vítor sabe o que está a dizer. Eu sei isso. Por isso, o seu discurso é diferente. É um político diferente que não precisa de fazer promessas vãs. E nós precisamos de políticos sérios como de pão para a boca.
Porque lhe assenta o poema de Sofia de Melo Breyner Andersen:
Porque Porque os outros se mascaram mas tu não Porque os outros usam a virtude Para comprar o que não tem perdão Porque os outros têm medo mas tu não Porque os outros são os túmulos caiados Onde germina calada a podridão. Porque os outros se calam mas tu não. Porque os outros se compram e se vendem E os seus gestos dão sempre dividendo. Porque os outros são hábeis mas tu não. Porque os outros vão à sombra dos abrigos E tu vais de mãos dadas com os perigos. Porque os outros calculam mas tu não. Sophia de Mello Breyner Andresen