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Badameco

Anotações, observações, reflexões sobre quase tudo o que me (co)move

Badameco

Anotações, observações, reflexões sobre quase tudo o que me (co)move

Mau jornalismo no "Jornal de Notícias"

Avatar do autor julmar, 24.03.13

O Jornal de Notícias não noticia a apresentação do candidato do PS à Câmara de Vila Nova de Gaia.
Na primeira página do dia 24 de Março, em grande destaque, " PSD E PS EM GUERRA ABERTA" e "TONY CARREIRA LANÇA SARA A FILHA DE 14 ANOS" e títulos menores sobre bronca nas eleições do Sporting, futuro de Mourinho, etc.
Dá-se o caso de, no dia 23, ter sido feita a apresentação do candidato do PS à Câmara de Gaia, Eduardo Vitor Rodrigues, bem como dos candidatos às Juntas de Freguesia. O jornal, na página 28 - secção de Política - PSD E PS EM ROTA DE COLISÃO - apresenta uma fotografia a meio da página de António José Seguro com Eduardo Vitor Rodrigues.
A jornalista reduziu o tema essencial a nada, quase nada. Sobre o evento - a apresentação da referida candidatura - tem,apenas, o parágrafo final: " Seguro falava na apresentação do candidato de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, que criticou 'os exércitos de boys, uma clientela vaidosa'. Numa indireta a Luís Filipe Menezes, acusou-o de ' exibir lantejoulas' em 'festas do jet-set, em vez de usar notoriedade para desenvolver Gaia".
Este é um bom exemplo de mau jornalismo. A jornalista faz a notícia ao contrário do que era o objeto do evento e, ao contrário do interesse dos que estavam presentes, que vibraram com o discurso de apresentação do candidato e com as suas propostas - mais do que com as críticas a que a jornalista se prendeu.
Vila Nova de Gaia não é um município qualquer e, quem sabe, se ontem não representa o princípio de um novo ciclo na autarquia. Mas a jornalista preferiu centrar-se num discurso e num conflito de que os portugueses estão cansados e, prova disso, é a maneira discreta como muitos se esgueiraram no início do discurso de Seguro.
Ficaremos atentos a como darão a notícia da apresentação do candidato do PSD.
Pobre política na qual não se encaixa a política de Vítor Eduardo Rodrigues. Talvez isso tenha confundido a pobre jornalista.

Quando chegar a Primavera

Avatar do autor julmar, 21.03.13

Se eu já estiver morto,
As flores florirão da mesma maneira
E as árvores não serão menos verdes que na Primavera passada.
A realidade não precisa de mim.

Sinto uma alegria enorme
Ao pensar que a minha morte não tem importância nenhuma

Se soubesse que amanhã morria
E a Primavera era depois de amanhã,
Morreria contente, porque ela era depois de amanhã.
Se esse é o seu tempo, quando havia ela de vir senão no seu tempo?
Gosto que tudo seja real e que tudo esteja certo;
E gosto porque assim seria, mesmo que eu não gostasse.
Por isso, se morrer agora, morro contente,
Porque tudo é real e tudo está certo.

Podem rezar latim sobre o meu caixão, se quiserem.
Se quiserem, podem dançar e cantar à roda dele.
Não tenho preferências para quando já não puder ter preferências.
O que for, quando for, é que será o que é.

de Alberto Caeiro
(Heterónimo de Fernando Pessoa) 

Tempo de lembrar Rafael Bordalo Pinheiro no seu 167 aniversário

Avatar do autor julmar, 21.03.13

 Está tudo diferente e tudo na mesma

«Cá pelo país está tudo diferente e tudo na mesma. As lutas pelo poder continuam. Os partidos sucedem-se. Ainda há algum tempo em conversa com Rafael falámos sobre isso. E que a política é como uma “grande porca”, ambos concordamos. É na política que todos mamam. E como não chega para todos, parecem bacorinhos que se empurram para ver o que consegue apanhar uma teta.»


 

Invictus - William E. Henley

Avatar do autor julmar, 17.03.13

Out of the night that covers me,
Black as the pit from pole to pole,
I thank whatever gods may be
For my unconquerable soul.

In the fell clutch of circumstance
I have not winced nor cried aloud.
Under the bludgeonings of chance
My head is bloody, but unbowed.

Beyond this place of wrath and tears
Looms but the Horror of the shade,
And yet the menace of the years
Finds and shall find me unafraid.

It matters not how strait the gate,
How charged with punishments the scroll.
I am the master of my fate:
I am the captain of my soul.