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Badameco

Anotações, observações, reflexões sobre quase tudo o que me (co)move

Badameco

Anotações, observações, reflexões sobre quase tudo o que me (co)move

Nuno Crato – Assim não, senhor Ministro!

Avatar do autor julmar, 07.10.11

O que caracteriza um Estado de Direito é a sujeição às leis por parte de todos, quer se trate de simples cidadãos quer de instituições e, mesmo de órgãos de soberania. Espera-se, aliás, que o exemplo venha de cima.

E o que me admira no caso do não pagamento dos prémios de mérito aos alunos vencedores é ;

1)     O à vontade (eu não disse descaramento) com que alguém decide não cumprir a lei. Por exemplo, Alberto João Jardim justificou o não cumprimento devido ao “estado de necessidade” o que deveria levar milhares de cidadãos a seguir o exemplo. No caso em questão, justifica-se o não cumprimento porque essa verba, segundo o arbítrio do ministro, deverá ser canalizada para projectos de apoio a estudantes carenciados (mesmo que alguns desses alunos sejam carenciados, facilmente identificáveis por verificação de atribuição de escalões de SASE). Deste modo, o ministro surge como um falso Robin dos Bosques que rouba aos “ricos” para dar aos pobres. No caso, tirou a quem se dedicou, esforçou e que provou o mérito. Não julgaria Nuno Crato a entrar no caminho do assistencialismo que o governo a que pertence parece querer trilhar. Houve quem tenha apelidado a medida de fraude. Eu que não entendo de direito mais me parece roubo. Os entendidos que digam.

 

2)     A forma como o problema é resolvido. O acto fica impune. Parece que além do Governo não há nem Presidente da República, nem Assembleia da República, nem Tribunais a quem incumbe a defesa do Estado de Direito. Nem os Sindicatos, nem as Associações das Direcções das Escolas, nem as Associações de Pais que não encontram melhor forma que remediar a situação, mas aceitando o acto.

 

3)     Que ninguém se interrogue sobre como isto pode acontecer. Quem comete um erro destes e não o assume como erro, estará disposto no futuro a procedimentos idênticos. E a confiança é o capital mais precioso.

"A morte é provavelmente a melhor invenção da vida"

Avatar do autor julmar, 06.10.11

«Lembrar-me de que estaremos mortos em breve é a ferramenta mais importante que encontrei para me ajudar a fazer grandes escolhas na vida».

Para os que acreditam que a pobreza ou os contextos desfavoráveis pesam inexoravelmente nos indivíduos, encontram na vida de Steve Jobs o mais claro desmentido. Nascido de um casal tão jovem que achou não poder educar o filho, foi entregue para adopção. Inscrito na Universidade teve de desistir por ser demasiado cara. Por lá andava dormindo no chão no quarto dos amigos e recolhia garrafas de cola para receber o dinheiro do depósito e comprar comida.

Porém, soube estar sempre nos sítios certos e relacionar-se com as pessoas certas. Morava em Mountain View, a zona que viria a ser Silicon Valley, a meca da tecnologia a nível mundial. Frequentava as conferências na Hevllet- Pachard onde trabalhou um verão. Aí conheceu Steve Wozniak um expert em placas de circuitos , com quem viria a fundar a Apple. Não podendo frequentar o curso da universidade Reed por ser caro, frequentou as aulas de caligrafia, a que não foi estranho o desenvolvimento posterior da Apple.

O sucesso é conhecido de todos: o mundo depois de Steve Jobs é muito diferente do mundo antes de Steve Jobes, muito por responsabilidade dele.

O inexplicável acontece, felizmente!

Avatar do autor julmar, 04.10.11

Não sei como foi calhar à mesa de cabeceira. Na verdade nem conhecia o autor. Mas o vício de cheiretar escritas levou-me a abrir o livro e lida a primeira historieta "Efeito Borboleta" um tema clássico com o qual já Voltaire ironizara no seu Diccionaire Philosophique, não resisti  à leitura das restantes. E fiquei deveras surprendido com o autor. Em termos literários teremos poucos à sua altura. Só me falta descobrir como entrou em casa e como foi ter à mesa de cabeceira. Efeito borboleta?

 


José Mário da Silva nasceu a 2 de Março de 1972, em Paris. Licenciado em Biologia pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, trocou os laboratórios pelas redacções dos jornais ainda antes de terminar o curso. Jornalista desde 1993, trabalhou 14 anos no Diário de Notícias, onde foi editor adjunto do suplemento «DNA» e da secção de Artes.
Pelo meio, fez parte da equipa que realizou dois programas televisivos emitidos na RTP2 («Portugalmente» e «Juízo Final»). Traduziu algumas obras do francês e é autor do livro de poemas Nuvens & Labirintos (2001), obra vencedora do Prémio Literário Cidade de Almada.
Actualmente, é crítico literário do Expresso e colaborador permanente da revista Ler. Escreve diariamente sobre livros e literatura no blogue Bibliotecário de Babel. Vive em Lisboa, no topo de uma das sete colinas. É casado e pai de dois filhos

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