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Badameco

Anotações, observações, reflexões sobre quase tudo o que me (co)move

Badameco

Anotações, observações, reflexões sobre quase tudo o que me (co)move

Leituras

Avatar do autor julmar, 27.09.10

Keegan na análise que faz da cultura guerreira tenta mostrar, ao longo da obra, o erro de Clausewitz que considerava que «a guerra é a continuação da política por outros meios». Para tanto, convida-nos a fazer uma viagem pela história tendo como perspectiva de análise o fenómeno guerra.

O que é a guerra? Eis a grande questão para a qual traz as aportações da antropologia. Por muito longe que se vá há sempre limitações da prática da guerra.

«A guerra é, porém, a única actividade em relação à qual as mulheres se mantiveram sempre e em todo o lado, com excepções insignificantes à parte (…) s é tão velha como a história e tão universal como a humanidade, devemos agora registar uma importantíssima limitação: a de que é uma actividade inteiramente masculina».

«A política tem de continuar, a guerra não. Não quer isto dizer que o papel dos guerreiros tenha acabado. A comunidade mundial necessita, mais do que nunca, de guerreiros hábeis e disciplinados que estejam prontos a colocar-se ao serviço da autoridade. Tais guerreiros devem justamente ser encarados como protectores da civilização, e não como seus inimigos. A sua maneira de lutar pela civilização – contra fundamentalistas étnicos, senhores de guerras regionais, intransigentes ideológicos, saqueadores vulgares e criminosos organizados internacionalmente – não pode proceder apenas do modelo de guerra ocidental. Os guardiões da paz do futuro e do presente têm muito a aprender com culturas militares alternativas, não só orientais como do mundo primitivo. É preciso redescobrir a sabedoria dos princípios e restrição intelectual e mesmo dos rituais simbólicos. Mais ainda, é preciso recusar a inscrição da política e da guerra numa mesma linha de continuidade. Se não persistirmos em o fazer, o nosso futuro, tal como o dos últimos habitantes da Ilha da Páscoa, poderá pertencer a homens com as mãos manchadas de sangue».

Donas Boto

Avatar do autor julmar, 22.09.10

Quantos homens da cultura conhecem Donas Boto? Muito poucos. Não, como se pode ver pela presente obra porque não exista mérito mas porque na cultura portuguesa quase todos escrevem e falam dos mesmos. O mérito do prrofesor Francisco Martins está em olhar para onde a maioria não olha.

Revisões - A Tentação da Inocência

Avatar do autor julmar, 19.09.10

Leitura feita em 1997. Lá estão as marcas, os sublinhados que realçam o essencial. E as notas no fundo da página, as alíneas ou os números que uma leitura empenhada exige.

E os frutos da tentação estão à vista. Boa interpretação sobre o mundo para que caminhávamos.

Um novo ano lectivo, mais uma viagem!

Avatar do autor julmar, 10.09.10

 

E a viagem que (re)começa é a trigésima oitava. Com alegria e, ainda, com ilusões. Doutra forma, como seria possível?

 

Sísifo

 

Recomeça…
Se puderes,
Sem angústia e sem pressa.
E os passos que deres,
Nesse caminho duro
Do futuro,
Dá-os em liberdade.
Enquanto não alcances
Não descanses.
De nenhum fruto queiras só metade.

E, nunca saciado,
Vai colhendo
Ilusões sucessivas no pomar
E vendo
Acordado,
O logro da aventura.
És homem, não te esqueças!
Só é tua a loucura
Onde, com lucidez, te reconheças.

Miguel Torga, Diário XIII