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Badameco

Anotações, observações, reflexões sobre quase tudo o que me (co)move

Badameco

Anotações, observações, reflexões sobre quase tudo o que me (co)move

Uma nova história

Avatar do autor julmar, 06.07.06

A invenção da escrita separa a história da pré-história. Quem sabe se a escrita digital não virá a marcar uma nova separação? Quando lidei pelas primeiras vezes com o computador pensei que jamais deixaria de manuscrever sempre e em promeiro lugar. Não via como poderia exprimir  as ideias que não fosse com tinta sobre o papel. Hoje faço-o de forma natural e espontânea no computador. A escrita manual está reservada para a assinatura, para o recado ou nota ocasional. É perfeitamente imaginável que as crianças possam aprender a escrever não desenhando as letras mas apenas as tenham que reconhecer e carregar num teclado.

Quanto à leitura grande parte é já feita em ecrã. Neste momento tenho em suporte digital uma boa quantidade de obras clássicas. A minha enciclopédia Verbo e outros dicionários são cada vez mais decorativos. É muito mais eficaz fazer uma consulta no Google ou na Wikipédia, por exemplo. Quem não entrar na era digital sofrerá de um analfabetismo muito mais penalizador do que o desconhecimento da tradicional escrita manual.

Vou esperar dez anos para saber o que este texto vale. 

A Preguiça

Avatar do autor julmar, 03.07.06

Quando o outro quis saber porque castigava tão severamente os alunos com nota que os impedia de concluir a disciplina, respondeu-lhe:

- É a preguiça, colega! É a preguiça! Não se pode pactuar com quem não trabalha, com quem nada faz!

Que se tratava de um pecado capital, eu aprendera no meu tempo de catequese. Mais tarde até achei que era um pecado simpático, sendo pena que por razões vitais e u não me pudesse entregar mais vezes nos seus braços. A Igreja colocou-o como o último dos pecados capitais e terá vindo a substituir aquilo que se designava por acídia.

Quem trabalha, quem trabalha muito fica com raiva de quem não trabalha. Uma raiva insensata.

Comer e calar

Avatar do autor julmar, 03.07.06

Com o futebol parece que toda a gente anda distraída. Filipe Menezes só atribui subsídios aos jornais que, por protocolo, se obrigarem a fazer propaganda do concelho, isto é, do executivo a que preside. Rui Rio só atribui subsídios a instituições que não contrariem a sua política. E todos comem e calam. Calam porque são incompetentes quer ao nível de cidadania, quer ao nível profissional. São incapazes de viver sem o subsídio da Câmara. São pobres de pedir mendigando a côdea do sustento.

João Jardim, no dia da região, impediu a oposição de falar.

Tudo isto parece não incomodar ninguém!

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