A distribuição da riqueza
julmar, 31.05.06
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Anotações, observações, reflexões sobre quase tudo o que me (co)move
Anotações, observações, reflexões sobre quase tudo o que me (co)move
julmar, 31.05.06
julmar, 29.05.06
«Quando se consegue estar sentado numa cadeira, em silêncio, sozinho num quarto, teve-se uma grande educação.»
B.Pascal
julmar, 28.05.06
julmar, 28.05.06
julmar, 26.05.06
"Não te dei, ó Adão, nem rosto, nem um lugar que te seja próprio,
nem qualquer dom particular, para que teu rosto, teu lugar e teus
dons, os desejes, os conquistes e sejas tu mesmo a possui-los.
Encerra a natureza outras espécies em leis por mim estabelecidas.
Mas tu, que não conheces qualquer limite, só mercê do teu arbítrio,
em cujas mãos te coloquei, te defines a ti próprio. Coloquei-te no
centro do mundo, para que melhor possas contemplar o que o mundo
contém. Não te fiz nem celeste nem terrestre, nem mortal nem
imortal, para que tu, livremente, tal como um bom pintor ou um hábil
escultor, dês acabamento à forma que te é própria".
(Pico de
julmar, 25.05.06
julmar, 23.05.06
julmar, 23.05.06
«Se alguma coisa puder correr mal, correrá mal»,
donde , um dos corolários:
« Deixadas a si mesmas, as coisas tendem a ir de mal a pior.»
Este corolário tem uma aplicação intensiva no modus vivendi português, traduzido em dito tão velho como «deixa correr o marfim» que deve ser dos tempos da colonização ou o mais recente e prosaico «deixa arder que o meu pai é bombeiro» ou ainda o anti-stréssico conselho de que «o que se não faz no dia de Santa Luzia se faz ao outro dia»
julmar, 21.05.06
Poucos ousam falar dela como se a vida tivesse sentido sem ela! Edgar Morin diz que para o sol e para a morte não se consegue olhar de frente.
«É nisto que consiste o culto dos mortos numa primeira fase, mais primária: as oferendas, a decoração das sepulturas, as lápides, as flores. A celebração dos mortos deve, porém, ter também lugar ao nível da nossa própria alma, através da recordação, da evocação de lembranças com exactidão, de uma espécie de reconstrução do ente querido no nosso interior. Se formos capazes disso, a pessoa morta continuará a acompanhar-nos, a sua imagem ficará em nós guardada para sempre e ajudar-nos-á a tornar a dor frutuosa»
in Elogio da Velhice, Herman Hesse
julmar, 20.05.06
Em Portugal não há parábolas mas apenas provérbios, como aquele que diz que
«deus escreve direito por linhas tortas»
« Um velho, de seu nome Chunglang que quer dizer mestre rochedo», possuía um pequeno terreno nas montanhas. Certo dia aconteceu-lhe perder um dos seu cavalos. Vieram então os vizinhos para lhe demonstrarem o pesar que sentiam pela desgraça sucedida.
O Velho,porém, perguntou-lhes:
- Como sabeis vós que tal foi um revés?
E, alguns dias mais tarde, lá voltou o vavalo mas acmpanhado de uma manada inteira de cavalos selvagens. Aparecerarm novamente os vizinhos que queriam felicitá-lo pela boa ventura.
O velho da montanha, por seu turno, retorquiu:
- Como sabeis vós que tal foi uma sorte?
Uma vez que tinha agora tantos cavalos à disposição, o filho do velho começou a desenvolver o gosto pela equitação e certo dia acabou por partir uma perna. Lá voltaram eles, os vizinhos, para demosnstrar ao velhote a sua tristeza pela desdita sofrida.
Uma vez mais respondeu-lhe este:
- Como sabeis vós que tal foi um revés?
No ano seguinte apareceu por quelas bandas a Comissão dos Granjolas, em busca de homens corpulentos e bem constituídos para servirem de criados descalçadores do imperador e para carregar a liteira. O filho do velho que ainda não recuperarar do problema da perna, ficou para trás.
Chung sorriu.
In, Elogio da Velhice, Herman Hesse.