A loucura na escrita de M.Gonçalves Tavares
julmar, 11.04.13
Aceitar ler Gonçalo M. Tavares é aceitar jogar um jogo permanentemente inventado num campo inseguro, cheio de buracos, sobressaltos, surpresas onde a loucura não espreita o caminhante mas é ela mesma caminho e caminhante. Ficção, loucura... mas a vida não é isso mesmo?
É o que nos mostram estas «Canções Mexicanas» uma espécie de LP de trinta e três rotações.
«Um jogo em que um conta uma história e o outro só dispara em direcção a quem não conta histórias»
São histórias na Praça Zócalo, onde se respecha mucho el mezcal, onde perder-se é fácil e perigoso, onde loucos, muitos, se misturam com anões, muitos também.
«Parecem histórias de anjos, histórias para crianças. Aqui uma vez um padre pegou numa navalha e cortou o próprio pescoço no meio da praça central, ante de gritar Te amo, Cristo».
Histórias, apenas histórias