Quinta-feira, 10 de Janeiro de 2013
Ninguém se sente feliz se não tiver alguém que repare na sua felicidade. O homem não se sente satisfeito apenas por estar satisfeito, mas tem de ter testemunhas da sua satisfação. Para a maioria a felicidade consiste em se mostrar, em brilhar, em ser estrela, com muita ou pouca luz, com aquela que conseguir: Cada um quer ser espectáculo ou ser espectacular. Não há espectáculo sem luz: Uns têm luz própria( muita ou pouca mas é sua): são as estrelas( novas, velhas, cadentes,decadentes, todas acabam por ser e fenecer); outros recebem (por herança, procuração, usurpação) a luz de outros e são a maior parte. Diz-me donde vem a tua luz, dir-te-ei quem és
Ainda que a tua luz seja pequena, é a tua luz e por ela caminharás até ao infinito. Se ningém a vê é porque, talvez, haja luzeiros maiores ou porque a tua luz está orientada num sentido diferente. Ou, talvez esteja muito distante. Mas quando as outras se apagarem continuarás, por pequena que seja, a ter a tua luz e ela te bastará.
(escrito durante uma conferência sobre Fundos Europeus, na Faculdade de Letras, no Campo Alegre)
De Ruas a 17 de Janeiro de 2013 às 09:55
Oh Júlio, tu és mesmo um filósofo.
Gostei mesmo deste pedacinho de prosa tão profunda e verdadeira.
Tantas ilações se podem tirar daqui.
Grande abraço,
Ruas.
De Júlio Marques a 19 de Janeiro de 2013 às 12:33
Um filósofo menor.
Obrigado Ruas, auqele abraço
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