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Badameco

Anotações, observações, reflexões sobre quase tudo o que me (co)move

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Anotações, observações, reflexões sobre quase tudo o que me (co)move

Avaliação dos Professores - Afonso Leonardo

Avatar do autor julmar, 04.12.12

A maior manifestação de um grupo profissional feita em Portugal, foi a dos professores no primeiro governo de José Sócrates, sendo ministra da educação Maria de Lurdes Rodrigues. Ao grande comandante Mário Nogueira, juntou-se na altura o PSD no combate por uma outra avaliação. Qualquer que seja o modelo de avaliação proposto, os sindicatos hão-de querer sempre um outro modelo que, no limite, se reduza a um relatório de autoavaliação. Hão-de faltar sempre condições, instrumentos, formação. E dinheiro também. E continuaremos na mediocracia com um ensino cada vez pior em termos quantitativos e qualitativos. Todo o trabalho que se vinha fazendo na melhoria da qualificação dos portugueses (Novas Oportunidades, Investigação ...) foi destruído em troco de coisa nenhuma.
Iremos continuar sem avaliação durante largos anos. Os custos são incalculáveis. Sem bons professores não há boa educação e ensino. Sem avaliação teremos apenas professores medíocres. Porque não havendo avaliação o que compensa é ser medíocre.
Há mais de um ano que foi assinado um acordo entre o Ministério da Educação e sete sindicatos ( a Fenprof ficou de fora) sobre o modelo de avaliação. Passado um ano e três meses a Direção Geral mandou às escolas uma nota a esclarecer que os professores que precisem de aulas assistidas, para obter a classificação de "excelente" podem pedi-las até ao fim do ano, mas que podem realizá-las só no ano letivo de 2013-2014. O ministério compromete-se ainda a garantir a formação de avaliadores e a definção de critérios homogéneos para a maneira como classificam as aulas a que assistem.
Então, durante este tempo não fizeram o trabalho e vêm agora dizer que o vão fazer? Então, os Centros de Formação de professores servem para quê? E os partidos da oposição, também não fazem o seu trabalho?
Porque as pessoas que trabalham nos serviços do Ministério (que presumo também não são avaliadas)não são exigentes consigo também, por coerência, não são exigentes para com os professores. No fim da cadeia os alunos são avaliados e os resultados são o que se sabe.